segunda-feira, maio 30, 2016

MARTE FAZ HOJE A MAIOR APROXIMAÇÃO À TERRA EM 11 ANOS

Marte e Phobos, uma das suas duas luas
Marte vai estar perto da Terra esta noite, no ponto mais próximo dos últimos 11 anos, a “apenas” 75 milhões de quilómetros do planeta azul. 

O pico da aproximação acontece às 21h35, momento em que terá melhor visibilidade para o planeta vermelho, que vai aparecer no céu ligeiramente mais brilhante e maior do que o habitual. Se o céu estiver limpo, podem nem ser precisos telescópios para avistar Marte.

Desde 18 de maio é possível ver o planeta vermelho mais perto da Terra, permanecendo brilhante nas duas primeiras semanas de junho.

O fenómeno acontece a cada dois anos – a próxima vez que irá acontecer será a 31 de julho de 2018 -, mas Marte não fica sempre à mesma distância. A última vez que os dois planetas ficavam assim tão perto foi em novembro de 2005.

Foi em 2003 que o planeta se situou no ponto mais próximo de sempre – a 56,33 milhões de quilómetros. Quando está no ponto mais distante, Marte fica a 402 milhões de quilómetros da Terra.

In: Zap

HÁ LULAS DO TAMANHO DE AUTOCARROS NO FUNDO DO MAR

Foto-montagem de uma lula gigantesca
Uma nova investigação, em torno do tamanho das lulas gigantes, concluiu que estas podem atingir dimensões maiores do que imaginávamos, sendo tão grandes como um autocarro, com 20 metros de comprimento.

Estas conclusões resultam de uma investigação levada a cabo por Charles Paxton, especialista em ecologia da Universidade de St. Andrews, na Escócia, publicada na revista centífica Journal of Zoology.

Este investigador fez várias expedições pelas costas do Atlântico e recolheu informação sobre mais de 160 exemplares, com o intuito de determinar o tamanho máximo da chamada Architeuthis dux, nome científico das lulas gigantes.

Paxton acredita, com base nos dados que recolheu, que os espécimes destes animais que habitam nas profundezas do mar podem chegar a medir até 20 metros de comprimento, incluindo os tentáculos. O corpo pode ter até três metros.

“Estou a extrapolar e a extrapolação pode, por vezes, ser um pouco imprecisa. Mas penso que são extrapolações bastante seguras. Penso genuinamente, que o tamanho das lulas gigantes tem sido subestimado”, refere o cientista em declarações ao Live Science.

A teoria de Paxton é difícil de comprovar porque estas lulas gigantes vivem a profundidades que oscilam entre os 300 e os 1.000 metros, sendo quase impossível observá-las no seu habitat natural.

Assim, estas figuras míticas, consideradas apenas lendas durante muito tempo, até serem fotografadas em 2004, vão continuar a ser um mistério para a Humanidade.

In: ZAP

ENCONTRADO O TÚMULO DE ARISTÓTELES

O sitio arqueológico que se acredita ser o túmulo de aristóteles
Uma equipa de arqueólogos gregos anunciou a descoberta da sepultura do filósofo Aristóteles, que se encontra na sua terra natal, a cidade de Estagira, no norte de Grécia.

Segundo o arqueólogo Konstandinos Sismanidis, director dos trabalhos de escavação, um conjunto de provas circunstanciais permite afirmar que a construção descoberta no local, em 1996, “é o mausoléu de Aristóteles”.

No local foi encontrado um monumento com um altar, cujo estilo de edificação não corresponde ao dos edifícios próximos.

Os arqueólogos acreditam que o monumento é o túmulo do filósofo grego, que nasceu em Estagira, no ano 384 antes de Cristo, e morreu em Cálcis, em 322 a.C.

O sitio arqueológico que se acredita ser o túmulo de aristóteles
Considerado o “pai da Lógica”, fundador da escola filosófica Lykeion (o Liceu), e um dos maiores filósofos da história da humanidade, Aristóteles foi discípulo de Platão e professor do maior conquistador do mundo, Alexandre o Grande – então ainda pequeno de 13 anos.

A descoberta foi revelada por Sismanidis durante o congresso internacional “Aristóteles, 2400 anos”, que teve lugar esta semana na Universidade de Salónica, na Grécia.

Reconstituição 3D por computador do mausoléu de Aristóteles
“Não temos provas, apenas indícios fortes – tão fortes quanto podem ser“, revelou o arqueólogo, citado pelo The Independent.

A equipa chegou a esta conclusão com base na análise da tradução em árabe de uma biografia do século XI do filósofo e de um manuscrito da Biblioteca Nacional de Veneza.

Estes documentos relatam que, quando Aristóteles morreu, os habitantes de Estagira, transferiram as cinzas do filósofo para uma urna de cobre, que foi colocada num mausoléu, ao lado do qual construíram um altar.

Reconstituição 3D por computador do mausoléu de Aristóteles
Segundo a ArchaeoNewsNet, o mausoléu, em forma de ferradura, está situado ao cimo de uma pequena colina, no centro da cidade, junto à sua ágora, entre uma galeria do século V a.C e um templo do século VI a.C.

Reconstituição 3D por computador do mausoléu de Aristóteles
“A construção parece incompatível com outros usos, e a sua localização indicia a importância dada pelos habitantes à pessoa ali sepultada”, conclui Sismanidis, cuja equipa passou os últimos 20 anos em escavações no local.

Os indícios parecem apesar de tudo um pouco exotéricos – mas ao comum dos mortais bastarão para dar por achado o túmulo de Aristóteles.

O sitio arqueológico que se acredita ser o túmulo de aristóteles
In: zap

CHINA APRESENTA METRO FUTURISTA QUE PASSA POR CIMA DOS CARROS



É um metro futurista que consegue passar por cima de outros veículos e que as autoridades chinesas esperam que acabe com o inferno do trânsito no país. Os primeiros testes a sério com o Transit Elevated Bus (TEB) devem começar ainda neste ano.

A China apresentou o Transit Elevated Bus (TEB) durante a High-Tech Expo Internacional, que teve lugar em Pequim durante o fim-de-semana passado.

Trata-se, no fundo, de um sistema de metro que passa por cima de carros e que visa maximizar o uso de todo o espaço das estradas, evitando os engarrafamentos de trânsito.

Este projecto futurista ainda é amigo do ambiente e poupa energia, usando o poder do sol, captado através de painéis auto-integrados, para gerar a electricidade que lhe permitirá atingir altas velocidades.

“O TEB é um projecto de alta eficiência, de protecção do ambiente e baixo em carbono. Resolve os problemas comuns dos autocarros que consomem combustível, incluindo a poluição do ar, as emissões de carbono, a ocupação do espaço e a baixa eficiência”, explica Song Youzhou, o director da empresa responsável pela inovação, a Shenzhen Huashi Future Parking Equipment Co., em declarações divulgadas pela CCTV News.

“Com uma capacidade de carregar 1.200 pessoas de cada vez, o TEB tem as mesmas funcionalidades do metro, enquanto os seus custos de construção são menores em menos de um quinto”, refere ainda o engenheiro responsável pelo projecto, Bai Zhiming.

As previsões da empresa por trás da construção do projecto são de que os primeiros testes com este metro especial ainda venham a acontecer este ano, na cidade de Qinhuangdao, no norte da China.



In: Zap

A SUPERFÍCIE DE MARTE FOI ESCULPIDA POR DOIS MEGA-TSUNAMIS

Conceito artística da superfície de Marte coberta de oceanos há 4 mil milhões de anos
Tsunamis gigantescos causados pelo impacto de meteoros varreram as planícies do norte de Marte há mais de três mil milhões de anos, esculpindo radicalmente as margens dos antigos mares do planeta vermelho.

A descoberta, assente num mapeamento geológico do planeta efectuado por investigadores norte-americanos, pode fornecer novas pistas para a investigação sobre a existência de vida.

O estudo sustenta também a teoria de que cheias em grande escala ocorridas há 3,4 mil milhões de anos transformaram os vales do norte de Marte num vasto oceano, indicou o estudo.

Alguns cientistas tinham contestado essa ideia, salientando que a presumível linha costeira deste mar há muito desaparecido é hoje irregular e acidentada — não o cenário que se esperaria encontrar em torno de um oceano.

“A descoberta concilia a hipótese de um oceano com a intrigante ausência de linhas costeiras distribuídas ao longo de uma elevação constante”, disse o autor principal do estudo, Alexis Rodriguez, investigador no Planetary Science Institute de Tucson, no Arizona.

Estes tsunamis provavelmente ocorreram às dúzias ao longo de centenas de milhões de anos, mas o estudo, publicado nos Scientific Reports da revista Nature, centrou-se em dois mega-tsunamis que aconteceram com um intervalo de alguns milhões de anos.

O primeiro destes mega-tsunamis arrastou pedregulhos e detritos para terra, a dezenas ou talvez mesmo centenas de quilómetros da costa.

O segundo deu-se durante um período muito mais frio, atirando a grandes distâncias enormes blocos de gelo, quando as ondas congelavam em pleno ar.

Rodriguez e a sua equipa localizaram o ponto de origem dos tsunamis em duas crateras, cada uma delas com 30 quilómetros de diâmetro.

As ondas gigantes terão tido em média cerca de 50 metros de altura, mas é provável que se tenham elevado a 120 metros – o equivalente a um prédio de 30 andares – quando atingiram a costa e invadiram terra.

Cada uma delas submergiu áreas do tamanho de França e Alemanha juntas antes de recuarem para o primordial mar marciano.

“Nenhuma outra explicação pode justificar as formações descobertas no terreno”, comentou Rodriguez à agência AFP.

A região de Valles Marineris , em Marte, onde os cientistas identificaram alterações na linha de costa provocadas por mega-tsunamis há 3.4 mil milhões de anos
“As formas dos depósitos que mapeámos são indicativos de fluxos ascendentes” com força suficiente para arrastar pedregulhos por centenas de quilómetros, explicou o investigador.

O geólogo realça que, depois da Terra, Marte é seguramente planeta o mais investigado do Sistema Solar e, contudo, ninguém parece ter reparado nas provas da existência de vagas gigantes no Planeta Vermelho no passado.

“O que penso é que estávamos a tentar encontrar linhas costeiras em Marte como as que tipicamente vemos na Terra”, observou.

O segundo tsunami pode fornecer mais pistas para investigação de sinais de vida no início da história de Marte.

Os blocos de gelo que arrancou são provavelmente feitos de água do antigo oceano, o que faz deles cápsulas do tempo congeladas com milhares de milhões de anos.

Por ter originalmente estado em forma líquida, apesar das acentuadas temperaturas negativas, a água devia ser muito densa e salgada.

“Sabe-se que zonas geladas aquosas e salgadas são habitáveis na Terra e, consequentemente, alguns dos depósitos do tsunami poderão ser os alvos astrobiológicos primordiais”, disse o coautor Alberto Fairen, investigador do Centro de Astrobiologia de Espanha.

Há amostras de gelo que não estão longe do local onde aterrou a sonda Mars Pathfinder, e os investigadores sublinham que os próximos exploradores poderão recolher amostras para análise.


In: Lusa