sábado, novembro 21, 2015

Transplante de útero vira realidade, e agora até os homens podem engravidar

Para muitas mulheres, não há nada mais feminino do que a capacidade de gestar um filho. Várias delas, inclusive, sonham com a maternidade. Esse sonho, porém, algumas vezes é impossibilitado por problemas de saúde ou de malformação: a cada 5 mil mulheres, uma nasce com os ovários, mas sem o útero.

Isso poderá mudar em breve, quando uma clínica dos EUA anunciar o transplante temporário de útero. Nos próximos meses, a Cleveland Clinic espera conseguir implantar com sucesso o órgão em mulheres que não o possuem ou nos casos em que ele apresenta algum problema. Claro que sempre existe a possibilidade da adoção, só que isso não é uma obrigação. Muitas mulheres, por questões pessoais, culturais ou religiosas, acabam deixando o sonho de lado.

Essa técnica já existe na Suécia, mas ainda com limitações: das nove mulheres que passaram pela cirurgia, duas tiveram que remover o útero por problemas de coágulo e infecção. Entretanto, quatro já realizaram o sonho de gerar o próprio filho, mas todas as crianças nasceram prematuramente. O próximo bebê a nascer com essa técnica inovadora é esperado para janeiro de 2016.

Como funcionaria o transplante: o útero com problemas seria substituído pelo de uma doadora saudável, mas ficaria sem as ligações com os ovários



















Riscos e benefícios

Claro que nem tudo são flores... Além de a cirurgia ser arriscada, a mulher que recebe o órgão deverá tomar inúmeros remédios antirrejeição, e a gravidez será considerada de risco. Por isso, os especialistas estão considerando este como um transplante temporário: depois de no máximo duas gravidezes, o útero implantado seria retirado, e a mulher poderia parar com a medicação.

A clínica norte-americana já começou a triagem de candidatas ao procedimento. Até agora, oito mulheres estão sendo acompanhadas para um possível transplante nos próximos meses. “Elas são informadas dos riscos e dos benefícios, além de terem um tempão para pensar sobre isso. Nosso trabalho é tornar o transplante o mais seguro e bem-sucedido possível”, explicou ao jornal The New York Times o médico Andreas Tzakis, que está por trás da inovação.

Tzakis acredita que as drogas antirrejeição não afetarão mais as mulheres com transplante de útero do que aquelas que já engravidaram depois de receber rins ou fígados, por exemplo. Nesses casos, há um maior risco de pré-eclâmpsia (uma alteração na pressão arterial da mãe) e de o bebê nascer um pouco menor do que a média. Entretanto, ainda não se sabe qual é a real relação direta das drogas com esses acontecimentos.

Primeiro bebê gerado em um útero transplantado nasceu na Suécia em setembro de 2014
Homens grávidos?

Com a possibilidade de implantar um útero saudável em mulheres que não o possuem, era óbvio que surgiria a grande questão: os homens, então, poderiam passar por esse tipo de procedimento? Surpreendentemente, os especialistas explicaram que sim!

Claro que o processo seria ainda mais complicado, pois, a princípio, seria muito mais indicado a mulheres transgêneras, ou seja, que nasceram em um corpo masculino e já estão em processo de adequação de gênero. Seria preciso criar um canal vaginal e remodelar toda a estrutura da pélvis para preparar o corpo para a gestação. Além disso, seria necessário tomar uma grande quantidade de hormônios para que o corpo suporte as mudanças que ocorrem durante a gestação – algo que mulheres na menopausa já fazem quando tentam engravidar.

Em qualquer um dos casos (mulheres, transgêneras e, vá lá, homens), a gestação não teria como ser “natural”: apenas o útero seria implantado, não havendo ligação com as trompas de Falópio de quem já as possui. Por isso, a fertilização seria in vitro, com posterior implante do embrião em quem recebeu o órgão.

Em tese, homens também poderão engravidar, mas o processo é muito complicado e arriscado
E você teria coragem para fazer um transplante de útero?

terça-feira, novembro 03, 2015

Estudo cientifico comprova: "A consciência sobrevive mesmo após a morte do corpo"

A maior questão de todos os tempos pode muito bem ser, 
"O que acontece quando morremos?" 
Enquanto muitos individuos, religiões e tradições espirituais têm dado as suas próprias conclusões sobre a natureza da morte, é preciso uma grande dose de fé para ter a certeza sobre a vida após a morte. Para a mente científica, a questão em si parece um pouco mais como: 
"O que acontece com a consicência humana após a morte clínica?"


Uma equipa de pesquisadores da Universidade de Southampton, no Reino Unido, realizou recentemente um dos maiores estudos sobre o que acontece com a consciência após a morte.
A conclusão: Nós ainda não sabemos o que acontece, mas a consciência parece permanecer por algum tempo, após a morte física sugerindo que a consciência e o corpo são actores que de certa forma estão fusionados e que podem seguir caminhos separados depois do que nos referimos como morte.

Os cientistas da Universidade de Southampton, passaram quatro anos a examinar mais de 2.000 pessoas que sofreram paragens cardíacas em 15 hospitais no Reino Unido e Àustria.

Descobriram que quase 40% das pessoas que sobreviveram, descreveram algum tipo de "consciência" durante o tempo em que se encontravam clinicamente mortos antes que os seus corações voltassem a bater.

Estamos acostumados a pensar neste problema em termos de "Experiência quase-morte", que têm muito pouco apelo cientifico como pela própria natureza dessas experiências que são totalmente subjectivas e impossíveis de quantificar. A tentativa de um olhar mais objectivo sobre o que acontece com a mente / aparelho consciente do nosso ser, foi estudada pela equipa multi-disciplinar liderada pelo Dr. Sam Parnia, que numa entrevista relacionada com o estudo proferiu:
"A evidência sugere que nos primeiros minutos após a morte, a consciência não é aniquilada. Se depois desaparece, não sabemos, mas logo após a morte a consciência não "morre". Sabemos que o cérebro não pode funcionar quando o coração parou de bater. Mas neste caso, a consciência parece ter continuado por até três minutos entre o período em que o coração não estava a bater, mesmo que o cérebro seja encerrado dentro de 20-30 segundos, depois que o coração tenha parado de bater. Isso é significativo, uma vez que as pessoas têm assumido que as experiências em relação à morte são alucinações ou ilusões provavelmente, ocorridas antes do coração parar de bater ou depois que o coração for reiniciado com sucesso. Além disso, as lembranças detalhadas de consciência visual,  neste caso, foram consistentes com eventos verificados".
Os cientistas admitem que ainda não sabem nada com o que está a acontecer com a consciência humana após morte, mesmo que o estudo dê evidências concretas de que uma parte da nossa consciência é capaz de sobreviver, pelo menos nos primeiros minutos de morte corporal, como alguns confirmam manter consciência suficiente para observar o corpo de alguma forma clinicamente morto e seus arredores, enquantam aguardam a ressuscitação.

A pesquisa é um indício cientifico de que a consciência sobrevive à morte clínica, e enquanto não se conclui algo a respeito, o estudo certamente abre a porta para um entendimento crescente da relação entre o corpo e o espírito.
O ponto de singularidade entre a ciência e a espiritualidade pode se estar a aproximar mais rapidamente do que nunca.

In: SQ