sexta-feira, fevereiro 13, 2015

50 poderes impressionantes do seu cérebro [parte 3]

Para ver a parte 2, clique aqui.

21. Dê doces às pessoas para deixá-las mais agradáveis

A palavra “doce” é frequentemente usada como adjetivo para descrever uma pessoa legal, agradável. Coincidência? Segundo a ciência, não.

Então, o que começou esta associação entre “doce” e “bom”? O comportamento cotidiano das pessoas doces, aparentemente – elas também comem mais doces.

Para ser claro, não estamos a falar em dar a alguém uma barra de chocolate para melhorar seu humor e torná-lo mais disposto a fazer coisas boas (embora um experimento tenha descoberto que isso funciona). Na verdade, cinco estudos diferentes concluíram que pessoas mais amigáveis gostam mais de doce do que as outras, assim, uma preferência geral para doces significa que a pessoa também é mais propensa a fazer boas ações.

O que é mais estranho é que os participantes da pesquisa anteciparam que os amantes de doces seriam mais altruístas e agradáveis, de forma que os experimentos apenas confirmaram que existe um senso comum que liga doces a pessoas doces.

22. Tocar um objeto faz você querê-lo mais


Pessoas persuasivas sabem que o toque é essencial. Vendedores e políticos adoram dar tapinhas nas suas costas ou apertar a mão. Lojas deixam tudo em exibição para você toque os produtos. O test drive de automóveis é a chave para vendê-los mais.
Por quê? Porque, para os seres humanos, o toque é quase uma forma de controle da mente.

Não só somos mais propensos a comprar algo que já tocamos, como estamos até dispostos a pagar mais, mesmo que o toque não passe qualquer informação sobre a utilidade do produto. Colocar as mãos num objeto faz com que você se sinta conectado a ele, e pode até mesmo dar-lhe uma falsa sensação de propriedade.

A textura do objeto também faz a diferença. Nós não apenas julgamos uma camisa nova com base em quão confortável ela é – isso, é claro, faz sentido. Mas nós também achamos que a água num copo de vidro tem um gosto melhor do que a água em um copo de plástico, independentemente do fato de que é a mesma água. Isso ocorre apenas porque o objeto que estamos segurando passa uma sensação melhor em nossas mãos.

23. Cada uma de suas orelhas é melhor em diferentes tarefa


Toda a ideia de que as pessoas lógicas usam mais o hemisfério esquerdo do cérebro e as pessoas artísticas o direito é uma grande simplificação que não representa a realidade. Em todas as pessoas, ambos os hemisférios trabalham juntos para fazer praticamente tudo.

No entanto, é verdade que os dois hemisférios não são idênticos. No caso do som, há muito tempo os cientistas sabem que seu hemisfério esquerdo é melhor em decifrar a informação verbal (como discurso) e o direito em decifrar tons e músicas. Sabe-se também que o lado esquerdo do cérebro controla o lado direito do corpo e vice-versa.

Como a informação entre os hemisférios é compartilhada (através do corpo caloso), não deve fazer muita diferença qual orelha você usa para ouvir as coisas, certo?

Errado. Cada ouvido ouve de uma forma diferente, e você pode usar isso a seu favor.

Como a orelha esquerda está sempre a enviar música para o hemisfério direito e a orelha direita está sempre a enviar o discurso para o hemisfério esquerdo, os seus próprios ouvidos evoluíram na maneira de processar sons.

Como resultado, a sua orelha direita é comprovadamente melhor em processar discurso, e sua orelha esquerda é melhor em tons e música. Não espere que ao escutar música com o ouvido apropriado irá produzir um som muito melhor do que você normalmente ouve na outra orelha, mas haverá uma ligeira evolução. Tenha isso em mente da próxima vez que estiver a tentar ouvir um segredo através de uma porta ou descobrir quem canta aquela canção que toca no elevador.

24. Música pode trazer de volta memórias perdidas

Médicos descobriram que a música tem potencial para desenterrar memórias associadas com ela em pacientes, mesmo aqueles em estágios finais de demência. Isso significa que, se estava tocando Roberto Carlos no momento do seu primeiro beijo, uma música dele poderia trazer essa memória de volta para você, mesmo que você estivesse com Alzheimer avançado.

Ouvir música envolve muitas áreas do cérebro em ambos os hemisférios, e é por isso que pode criar atividade cerebral de maneiras que a conversa, por exemplo, não pode. Uma dessas áreas é o hipocampo, a região que controla o armazenamento da memória de longo prazo.

Quando você ouve uma música que conhece, sentimentos associados com ela são lhe “devolvidos” pelo hipocampo. Às vezes, as lembranças podem vir juntamente com sentimentos relevantes (espero que nenhuma música te lembre da primeira vez que você levou um soco). Mesmo que a música não lhe ajude a recuperar memórias, emoções e atitudes são facilmente recuperadas. Alguém que nem sequer se lembra de quem é porque lembrar porque odeia uma outra pessoa, por exemplo.


25. Você pode dizer se uma pessoa é rica se ela é distraída em conversas
É fácil dizer se uma pessoa é rica só de olhar para ela. E nem estamos a falar de observar as suas roupas ou o seu carro. Pode ser ainda mais simples que isso.

Em 2009, dois psicólogos da Universidade da Califórnia (EUA) realizaram um estudo sobre a relação entre sinais não-verbais e status socio-econômico. Para tanto, eles colocaram os participantes em pares e os gravaram a conversarem conforme se conheciam uns aos outros. O que eles descobriram foi que a pessoa mais rica do par era mais propensa a apresentar comportamentos de “desligamento” (como inquietação, ou começar a rabiscar ou brincar com o lápis) enquanto alguém estava tentando falar com ela. Quanto mais pobre a pessoa era, mais envolvida em comportamentos empáticos também era, como acenar, sorrir e realmente ouvir a outra pessoa.

A teoria é que as pessoas de nível socioeconômico mais elevado são menos dependentes devido à sua riqueza e educação superior, e por isso não são tão investidas em conversar com os outros.
26. Goma de mascar impulsiona o cérebro 
Num estudo no qual os participantes tinham que realizar tarefas cognitivas exigentes, os que estavam a mascar chiclete se saíram melhor em todas as categorias, exceto em fluência verbal (porque, obviamente, suas bocas estavam cheias de goma).

Não importava se a goma de mascar tinha açúcar ou não, de forma que os cientistas concluíram que esse impulso do chiclete veio da “excitação induzida pela mastigação”. Mastigar dá um “gás” para o cérebro por 20 minutos ou mais (o efeito é de curta duração, infelizmente) e permite que você lide com o estresse e a distração muito melhor.
27. Você pode comprar um carro baseado na sua “expressão facial”

A mente humana gosta de ver rostos e formas em tudo: torradas, nuvens, na lua etc. O fenômeno tem até um nome: pareidolia. Ao visualizar rostos e formatos nas coisas, também as associamos com emoções. Pesquisadores da Universidade de Viena descobriram que, inconscientemente, também projetamos essas emoções em carros. Cada carro tem dois faróis (olhos), uma grade (boca) e talvez algo que se parece com um nariz. A maioria de nós atribui uma certa expressão aos carros. Será que escolhemos mais frequentemente os que parecem mais felizes, como esse fusca antigo abaixo?


Não. Quando dirigimos, não estamos à procura de fazer amigos – o que queremos transmitir é resistência, velocidade, agressão. Os pesquisadores descobriram que os carros mais baixos, mais largos, com uma grande entrada de ar e faróis angulares passam uma imagem de poder, e é isso que os motoristas procuram ao escolher novos veículos. Pelo menos, ao escolher determinados tipos de veículos.

28. Levante as sobrancelhas para ser mais criativo


De acordo com um estudo, o simples ato de levantar as suas sobrancelhas pode realmente servir como um impulso de adrenalina para seu pensamento criativo.

Existem dois tipos diferentes de atenção – atenção perceptiva, que é dada às suas experiências físicas, e atenção conceitual, que é atribuída a seus processos mentais. Os dois tipos estão intimamente ligados. Se um acelera ou desacelera, o mesmo acontece com o outro. Então, se você aumentar o seu espectro de atenção perceptiva (abrindo bem os olhos, por exemplo), deve alargar o seu âmbito conceitual, permitindo que você faça conexões criativas que antes não teria sido capaz.

O estudo testou esta teoria. Dois grupos tinham que ou levantar as sobrancelhas ou mantê-las franzidas em reprovação perpétua antes de desempenharem uma tarefa, que era fazer uma legenda para uma imagem de um cachorro deitado numa cama com um bagel em sua boca.
O grupo com as sobrancelhas levantadas sugeriu coisas como “Betty the Beagle Beds a Bagel” (algo como “Betty, a Beagle, leva para cama um bagel”, o que, como você deve ter notado, é uma legenda incrivelmente hilariante de insinuação sexual), enquanto o outro grupo só fez legendas bizarras ou chatas, como “Dog Who Breaks Rules” (algo como “cachorro que quebra as regras”, bisonhamente se referindo a alguma legislação que proíbe cães de comer esse pãozinho que, até onde sabemos, nunca existiu em qualquer momento da história da civilização). A questão é que a primeira resposta é inteligente e não óbvia, enquanto a segunda é preguiçosa ao ponto de não ter sentido.

A conclusão dos cientistas é que o grupo cujos membros levantaram suas sobrancelhas tiveram uma maior quantidade de atenção perceptiva que posteriormente se traduziu em uma maior quantidade de atenção conceitual, reforçando assim o seu pensamento criativo. O outro grupo olhou mais ou menos de soslaio para a imagem, o que diminuiu a sua atenção perceptiva, e portanto sua criatividade.

29. Os olhos de uma pessoa podem dar pistas sobre suas inclinações políticas 
 

Na maioria das vezes, você sabe as inclinações políticas de alguém porque ele faz questão de dizê-las.

Felizmente, há indícios sutis que sugerem se uma pessoa é liberal ou conservadora. Por exemplo, pesquisadores descobriram que, durante as conversas, pessoas de esquerda são mais propensas a seguir o olhar da outra pessoa do que as conservadoras.

Vamos dizer que você está a conversar com alguém e de repente você olha para algo ligeiramente à sua direita, uma pessoa bonita ou uma zebra passando por ali. Liberais são mais propensos a seguir o seu olhar e observar o que está observando, mesmo se isso não tiver qualquer influência sobre a conversa. Se você olhar de novo, eles vão seguir o seu olhar de novo, e assim por diante. Conservadores quase nunca vão seguir o seu olhar, e sim vão continuar olhando diretamente para você, como robôs. 

30. Use a simetria facial de alguém para prever sua riqueza e potencial de liderança

Não contentes em serem muito mais bonitos do que nós, a maioria assimétrica, pessoas com rostos simétricos também são, no geral, mais ricas. Já aquele cara esquisito é o que você deve escolher para te liderar em uma guerra.

A aparência de seu rosto tem a ver com suas condições de desenvolvimento. Tabaco, nutrição infantil, situação socioeconômica, doenças – inúmeros fatores podem te deixar mais feio do que você já devia ser. Sua melhor aposta para não quebrar espelhos durante toda a sua vida é simples: pais ricos.

É a ciência falando. De acordo com estudos, pessoas com rostos simétricos geralmente têm infâncias privilegiadas e, portanto, uma chance maior de serem ricas.

Já os desfavorecidos acabam com as caretas. Eles não têm herança nem um sorriso perfeito nos quais se apoiar – é sua coragem e personalidade que importam. Além do mais, só porque eles não são tão bonitos quanto os idiotas simétricos, as pessoas esperam que eles se ferrem na vida. É justamente isso que os torna líderes mais eficazes. É claro que ter um rosto assimétrico não quer dizer que alguém é automaticamente um Winston Churchill. Significa apenas que tem as ferramentas para se tornar um.

In:  Cracked

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